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O Hara

A importância de Trabalhar o Hara


Contribuíção de Ronaldo Mendonca Doehler


O Hara - palavra japonesa que significa ventre é, para a cultura oriental,
a principal referência do corpo, sendo o centro do equilíbrio
físico, psíquico e emocional.


Localizado entre o primeiro e segundo chakras - cerca de seis dedos abaixo
do umbigo, na mesma localização geográfica do ponto G
- é para ele que, segundo os chineses, convergem a energia celeste,
que entra pela cabeça, e a energia telúrica, que entra pelos
pés. Quando essas duas correntes dinâmicas se encontram, criam
uma pororoca de força vital que se espalha por todo o corpo.


Para os japoneses, o Hara é o centro de consciência e equilíbrio
de seus samurais, arqueiros Zen e sacerdotes, sendo o foco principal de toda
a sua cultura. Chamado de ponto zero, é meditando nele que os velhos
sábios encontram inspiração para seus conselhos. Já
os indianos chamam esta prodigiosa região de Kandha, um pequeno ovo
de energia de onde surgem a força vital original e as informações
básicas para a formação dos chakras.


Essas 3 culturas nos apontam para o fato de que é nele que reside o
nosso Buda interno. Ao nos aprofundarmos em meditações do Hara,
adquirimos uma capacidade de discernimento única e passamos a ver o
mundo através de uma ótica própria e legítima.
Ao estimulá-lo com a respiração, criamos uma ponte entre
o desejo, a imaginação e a capacidade de realização,
adquirindo maior clareza de nossas aspirações, das oportunidades
que temos à nossa volta e de como aproveitá-las.


Podemos encontrar no Hara a nossa matriz formadora. Por um lado, ele é
o local onde estão impressas todas as informações genéticas
herdadas e, por outro, um espaço onde está registrado o temperamento
único e individual cada um de nós já traz consigo antes
de nascer independentemente do caráter genético ou da educação
adquirida. É no Hara que as duas informações se misturam:
o que somos enquanto seres únicos e o que recebemos física, psicológica
e emocionalmente de nossos pais. (É bom lembrar que ele se situa entre
o umbigo (ligação com a mãe) e o sacro (vestígio
de nossa cauda, simbolizando a memória evolutiva pessoal) além
de como centro de equilíbrio físico ser uma referência
de independência e individualidade).


Em outras palavras, o Hara é a chave para a compreensão e para
a liberdade de nosso karma, além de apontar o nosso darma (sentido evolutivo).


O Hara é um caminho único, uma impressão digital. Conforme
vamos mergulhando nele e entrando em contato com a nossa identidade legítima,
vamos descobrindo a única coisa que pode ser realmente significativa
pra nós: a consciência de quem somos.


Assim como o nosso organismo desmonta os ingredientes que comemos, para extrair
os nutrientes necessários o Hara tem a sabedoria de entender como desconstruir
as nossas experiências, para que permaneçam apenas as partes mais
puras e verdadeiras. Ele oferece a chave para o desengano, para que os medos
sejam transformados, a culpa seja transcendida e a vida não seja substituída
por imagens ilusórias.


Identificado como o centro da desmistificação onde mora a nossa
face original - aquela que já era antes de aprendermos a ser -, ele
nos leva a experimentar espaços de profundo silêncio e traz a
sabedoria de como apreciar os instantes em que estamos sós.


Sua estimulação, através das práticas de meditação
e técnicas de respiração, leva a um estado único
de êxtase, fazendo com que os pequenos acontecimentos do dia-a-dia proporcionem
sentido, prazer e realização.


Benefícios Gerais das meditações e respirações
do Hara


No aspecto psicológico-emocional:



  • Aumentam a autoestima e o amor-próprio

  • Facilitam o contato com a realidade

  • Revelam a beleza e a alegria do mundo ao redor

  • Possibilitam lidar com maior volume de sentimentos

  • Desidentificam-nos com o ego contactando o self

  • Cortam elos de dependência

  • Eliminam desequilíbrios causados por carência afetiva


No aspecto físico-energético:



  • Revitalizam e desintoxicam os chakras

  • Aumentam a disposição e o ânimo

  • Regulam e revigoram as glândulas endócrinas

  • Regulam termicamente o corpo diminuindo os desconfortos da menopausa

  • Regularizam o ciclo menstrual

  • Aumentam o magnetismo e o carisma pessoal

  • Regulam o relógio biológico

  • Regularizam o movimento peristáltico dos intestinos


No aspecto espiritual:



  • Revelam a pureza interior

  • Trazem calma e paciência

  • Desenvolvem a intuição, a sensibilidade e o gosto pela vida

  • Tornam precisa a bússola interna, desenvolvendo o sentido de orientação

  • Aumentam a capacidade de compreensão, aceitação e
    entrega

  • Tornam mais fluentes a inspiração, a criatividade e a inteligência

  • Propiciam a chave para se libertar das limitações da personalidade

  • Possibilitam uma constante e profunda sensação de conforto
    interno.


Autor do artigo: Desconhecido

Contribuição: Ronaldo Mendonca Doehler



Liberdade é obediência às leis que a pessoa estabeleceu para si própria.
Autor:   Rousseau
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